O engajamento da sociedade em ações que possam minimizar os danos causados ao meio ambiente foi o pedido do Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, durante sessão especial em homenagem a Campanha da Fraternidade 2011, realizada na Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (7).
Durante sessão proposta pelo líder do PT, o deputado estadual Yulo Oiticica, o Arcebispo abençoou a Bancada Católica, recém formada no legislativo. Com o Tema Fraternidade e a Vida no Planeta: "A Criação Geme em Dores de parto" (Rm 8,22), a CF 2011 promove uma reflexão sobre a deteriorização do meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, suas causas e consequências. A sessão reuniu centenas de fiéis oriundos de diversas paróquias de Salvador, religiosos, além de especialistas e militantes na área de meio ambiente.
Palavra de Arcebispo - "Individualmente, pouco poderemos fazer para reverter a situação atual de nosso planeta. Mas, à medida que as comunidades cristãs, as pessoas de boa vontade e a sociedade se conscientizarem sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, poderemos ter esperança de que a situação de nosso mundo melhorará”, disse Dom Murilo. Durante sessão, o Arcebispo pediu o comprometimento da bancada católica nas ações legislativas. “Que os deputados desta casa construam leis cada vez mais justas que favoreçam o povo”, destacou o cardeal.
Sempre engajado nas reflexões propostas pela Campanha da Fraternidade, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o deputado estadual Yulo Oiticica destacou em seu discurso a importância do tema proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasial (CNBB). “Quero destacar a coragem da CNBB, que sempre escolhe temas relevantes e polêmicos com a perspectiva de abrir um amplo debate, visando o pagamento das dívidas sociais deste país”, disse o parlamentar petista.
O deputado destacou ainda que o maior dilema ambiental brasileiro é a reforma agrária, tema que a CNBB teve a coragem de abordar e enfrentar, colocando em debate a expressão do agronegócio no país. “Há questões que só podem ser tratadas, debatidas e vividas com paixão, com forte envolvimento pessoal e, a partir de trincheiras bem demarcadas. Reforma agrária, agricultura familiar e o agronegócio pertencem, sem dúvida, a essa categoria de assuntos cadentes e apaixonantes. Honesta, a CNBB deixa claro seu propósito de defender a tese de que é necessário apoiar a agricultura familiar e o processo de reforma agrária como passos indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse o parlamentar.
Baseado no tema da Campanha da Fraternidade 2011, o líder do PT e coordenador da bancada católica na ALBA, o deputado estadual Yulo Oiticica, sugeriu que a Campanha da Fraternidade defenda como alternativa de mobilidade urbana para Salvador a utilização do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), em detrimento do sistema BRT (corredores de ônibus).
“Além de menos poluente, o VLT tem a capacidade de transportar um número dez vezes maior de pessoas que o BRT. É inegável que o VLT é mais vantajoso que o BRT”, sugeriu Yulo. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) vem desenvolvendo um VLT como “trem padrão nacional” desde 2005. Trata-se de um sistema amplamente utilizado na Europa, Ásia e Estados Unidos como solução para o transporte de passageiros.
Na versão nacional, os VLT estão em implantação em Recife, Fortaleza, Natal e Maceió. “Infelizmente, a prefeitura cede à pressão dos empresários de transportes de Salvador, que diferente das demais cidades brasileiras, defende o sistema anacrônico do BRT, nome sofisticado para o velho e bom corredor de ônibus”, pontuou Yulo.
No encerramento da sessão em homenagem a Campanha da Fraternidade 2011, o deputado estadual Yulo Oiticica pediu um minuto de silêncio pela morte das 12 crianças, vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Ao lado do Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, Yulo pediu que todos rezassem pelas crianças.
Para ele, o massacre foi mais um ato de violência brutal contra a juventude brasileira. “Se for possível retirar alguma lição desta tragédia, talvez, a melhor delas seja uma necessária revisão de valores. E que essa tragédia não seja usada como justificativa para ações meramente repressoras e midiáticas”, alertou Yulo.
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