terça-feira, 22 de março de 2011

Campanha da Fraternidade


A Campanha da Fraternidade é uma das maiores iniciativas de evangelização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) da Igreja Católica Romana.
Sempre realizada na quaresma (quarenta dias que antecedem a sexta-feira Santa), foi realizada pela primeira vez no ano de 1962 em Natal.
Em 1963, os Bispos da CNBB, reunidos para o Concílio Vaticano II, em Roma, decidiram que a Campanha da Fraternidade seria promovida em âmbito nacional. Ligada inicialmente ao Serviço Católico do Bem-estar e à Caritas Brasileira, em 1971 tornou-se Campanha Institucional da CNBB.
A CF não envolve apenas os organismos internos da Igreja Católica. Tem interessado hoje a pessoas, grupos sociais e políticos. Ganhou espaço na mídia. Despertou interesse de outras Igrejas. É copiada até mesmo fora do Brasil. Por ocasião de abertura da CF, na quarta feira de Cinzas, o Papa tem enviado anualmente sua mensagem.
A Campanha da Fraternidade é um excelente auxílio para bem vivermos a Quaresma. Com sua metodologia característica do Ver – Julgar – Agir, baseada, a cada ano, num Tema e num Lema, a Campanha da Fraternidade nos oferece uma ótima oportunidade para superarmos qualquer dicotomia entre fé e vida.
CF 2011
Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta
Lema: "A criação geme em dores de parto" (Rom 8,32)

Objetivo Geral: Contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.
O cartaz possui dois planos.
Ao fundo observa-se uma fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ambiente, deixando o céu plúmbeo, intoxicado e acinzentado.
A figura do rio com a água escurecida e suja representa também a parte natural sendo devastada, influenciando no aparecimento das enchentes e no aumento do nível do mar, ações estas provocadas pelo ato errado do homem.
Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta, onde em meio à devastação ainda existe vida. Nela, um pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes incrustadas, criando um micro ecossistema, ainda insistem em viver mesmo diante de um cenário áspero. Sendo, portanto, referência ao lema:
A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).
Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus „gritos de dor‟ – a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.

Hino
Composição: Pe. José Antônio de Oliveira / Casimiro Nogueira
Endereço do áudio na internet: http://letras.terra.com.br/cnbb/1719014/
1. Olha, meu povo, este planeta terra:/ Das criaturas todas, a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno,/ Pra ser um berço de aconchego e vida (Gn 1).
Nossa mãe terra, Senhor,/ Geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor?/ Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós!/ Vai depender só de nós!
2. A terra é mãe, é criatura viva;/ Também respira, se alimenta e sofre. É de respeito que ela mais precisa!/ Sem teu cuidado ela agoniza e morre.
3. Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos.../ Que a fome mata e a miséria humilha. Eu sonho ver um mundo mais humano,/ Sem tanto lucro e muito mais partilha!
4. Olha as florestas: pulmão verde e forte!/ Sente esse ar que te entreguei tão puro... Agora, gases disseminam morte;/ O aquecimento queima o teu futuro.
5. Contempla os rios que agonizam tristes./ Não te incomoda poluir assim?! Vê: tanta espécie já não mais existe!/ Por mais cuidado implora esse jardim!
6. A humanidade anseia nova terra. (2Pd 3,13)/ De dores geme toda a criação. (Rm 8,22) Transforma em Páscoa as dores dessa espera,/ Quero essa terra em plena gestação!

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