quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dom Murilo fala sobre o encerramento da JMJ


Terminou a 26ª Jornada Mundial da Juventude. Como diria o poeta: “Meninos, eu vi!” Eu vi, mas não sei bem como transmitir a vocês tudo o que vi e ouvi, especialmente os acontecimentos dos últimos dias. Desde que o Papa Bento XVI chegou, tudo se transformou – para melhor. Com sua simplicidade, conquistou os jovens. “Esta é a juventude do Papa”, repetiam os jovens em todas as línguas.
Sábado de manhã, Bento XVI celebrou para os seminaristas, e eu estava lá. A imensa Catedral de Madrid foi pequena para eles, tanto que a maioria ficou de fora. À noite, começou a Vigília. E, mais uma vez, não houve lugar para todos. O espaço era para um milhão e meio de pessoas. Duzentas mil – entre elas, dois mil brasileiros – não puderam mais entrar, porque o espaço estava todo tomado. Gente, vocês não imaginam o vento e a chuva que surgiram de repente. Quer dizer, de repente para nós: o nome daquele Aeroporto Militar é “Quatro ventos”. Pois vieram os quatro! A participação do Papa foi abreviada, mas o suficiente para deixar os jovens em clima de oração, acampados na chuva e no vento. 
Neste domingo de manhã, os jovens estavam lá, com uma disposição que conseguiram não sei aonde. O sol apareceu e mostrou sua força – e que força! Não penso reproduzir os pensamentos principais deixados pelo Papa porque há muitos sites que os estão reproduzindo. O que quero dizer a todos é que aí está um material para ser lido, meditado e rezado. Que mensagens! Queria ter a visão que Bento XVI tem de Deus, da Igreja, do mundo e do ser humano. Como não tenho, procuro ler o que ele fala e escreve, por saber que a maioria desses textos são de sua própria autoria. Na hora em que Bento XVI anunciou que a próxima Jornada seria no Brasil, vi – eu estava em cima, ao lado do altar – bandeiras brasileiras por toda a parte. A língua que mais se ouvia era a portuguesa. Realmente, os brasileiros, em momentos assim, somos pouco discretos (quase que ia escrevendo: “somos discretos como hipopótamos em uma casa de vidro”, mas acho que não fica bem me manifestar assim, por isso evitei tal expressão…). A alegria pelo anúncio foi geral. Nos contatos que mantive após o anúncio, vi que há dois grupos de jovens: os que conhecem o Brasil (poucos, muito poucos) e os que não o conhecem e querem conhecê-lo (a maioria). Quando tirei uma fotografia com um grupo de angolanos e lhes disse que os esperava vê-los no Rio, responderam-me que gostariam de ir bem antes da Jornada…
Em tempo: quando deu a bênção no final da 26ª Jornada Mundial da Juventude, Bento XVI disse que aquela bênção era extensiva aos familiares dos presentes. Como minha família é a grande Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pedi ao Senhor, naquele momento, que cada membro desta minha família fosse atingida. “A Deus, nada é impossível!” Amém. Dou por encerrada minha missão de correspondente da Arquidiocese diretamente de Madrid. Na verdade, vim como Catequista (e não como jornalista…), juntamente com outros seis catequistas brasileiros.
À noite, Jornada terminada, fui ao Pavilhão Madrid-Rio (montado para lembrar a passagem da Jornada de Madrid para o Rio, e onde havia shows de grupos de jovens diariamente), montado na Praça que, curiosamente, tem esse mesmo nome.  A cruz e o ícone de Nossa Senhora, entregues pelos jovens de Madrid aos jovens brasileiros, após o anúncio do Papa, foram levados para lá. Trata-se tão somente da preparação da recepção dessa mesma Cruz e ícone, que chegarão no Brasil (São Paulo) no dia 18 setembro p.v. Na Bahia chegarão em dezembro.
Dom Murilo, diretamente de Madrid e preparando as malas para voltar para Salvador.
Parabéns Dom Murilo, pela Vossa honrosa participação e Bençãos a nós dirigidas!!!




Nenhum comentário:

Postar um comentário